Arquivos do autor: Dra Maria Paula Carlin Cambi

A bulimia nervosa é diagnosticada em pessoas com peso normal, com história de anorexia prévia e que narram episódios de bulímicos e de vômitos autoinduzidos. Atinge em sua maiorida mulheres jovens no final da adolescência ou no início da idade adulta. Sua causa é multifatorial, englobando fatores biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e familiares. A característica marcante é a grande e rápida ingestão de uma grande quantidade de alimentos com sensação de perda de controle, chamados de episódios bulímicos, acompanhados de métodos compensatórios inadequados para  o controle de peso como vômitos autoinduzidos, uso de medicamentos (diuréticos, inibidores de apetite, laxantes), dietas e exercícios físicos. Sempre há uma excessiva preocupação com o peso corporal. Uma característica comum às bulímicas é terem calosidade no dorso na mão (sinal de Russel), erosão do esmalte dentário, perda de dente e cáries. Outra situação é a irregularidade menstrual dentre outras. O tratamento engloba a Psicologia, Psiquiatria…

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A anorexia nervosa é caracterizada por uma perda de peso grande e intencional, subsequente à severa restrição alimentar, busca incessante pela magreza e distúrbios da imagem corporal. Pode ocorrer mais comumente em mulheres na adolescência à segunda década de vida, mais também podem acontecer mais tardiamente. Pode haver dois subtipos a saber: restritivo: onde há restrição alimentar e atividade física intensa e não apresentam episódios compulsivos de alimentação, nem purgação (vômitos, laxantes, diuréticos); purgativo: onde se tem episódios compulsivos de alimentação e métodos compensatórios inadequados como vômitos, laxantes e diuréticos. Possui muitas causas, dentre elas fatores biológicos, psicológicos, socioculturais e familiares. Muito importante a presença familiar, especialmente na adolescência, onde a pressão social por estar magra é muito grande e se torna fácil desencadear o processo de doença. Filhas de mães com anorexia possuem uma incidência maior de se ter a doença. Crianças e adolescentes aprendem que magreza é sinônimo…

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Países desenvolvidos e em desenvolvimento sofrem com a franca expansão dos casos de obesidade em seus territórios. A obesidade infantil é alvo de muitas políticas públicas de intervenção nutricional nas escolas, o que a longo prazo podem repercutir positivamente na saúde destes futuros adultos. Porém, ainda temos muitos adultos que por uma etiologia diversa podem estar obesos e com graves doenças associadas como pressão alta, diabetes melitus e dislipidemia. Muitos estão em núcleos familiares de histórico genético de obesidade, mas principalmente encontram-se num meio nutricional bastante equivocado. Os hábitos alimentares dos pais refletem de imediato nas escolhas feitas pelos filhos. E isto se transmite de geração a geração. Um tratamento já consagrado na comunidade científica é a cirurgia da obesidade. Mas como todo forma de cuidado de uma doença, exigirá um feedback bastante significativo do operado. Uma forma de avaliar se uma pessoa precisa da cirurgia é através do seu…

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A recidiva de peso (REGANHO DE PESO) é uma realidade após a cirurgia da obesidade. Muitos são os fatores que levam ao reganho, mas o principal é a falta de monitoramento por uma equipe multidisciplinar. O paciente emagrecido sente-se seguro o bastante para se considerar erroneamente curado da obesidade. Esta doença crônica NÃO tem cura, mas sim um controle. A cirurgia bariátrica em suas várias modalidades e especialmente no padrão ouro, Gastroplastia em Y Roux (Fobi – Capella), trouxe grande esperança no tratamento da obesidade. Na última década, muitos obesos foram operados e muitos ainda mantém sua perda ponderal. Porém, muitos outros voltam agora a sofrer com o excesso de peso. As causas são várias, desde o retorno ao hábito alimentar equivocado, com alimentos macios, moles, de fácil passagem e com alto teor de calorias, até o desenvolvimento de outra temida doença: o alcoolismo.  Essas pessoas normalmente possuem uma diminuição…

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As modificações alimentares ocorridas desde os primatas vegetarianos até o homem, trouxeram alguns reflexos importantes na fisiologia do aparelho digestório.  A mudança no estilo de vida do homem moderno resultou numa ingestão alimentar diária menor em fibras, que são nutrientes pertencentes ao grupo dos carboidratos. A alimentação diária em grandes metrópoles, em que o tempo para as refeições é curto e naturalmente a grande maioria das pessoas opta por fazê-las através de lanches rápidos, com baixos teores de fibras alimentares, além do uso indiscriminado de medicamentos, associado com vida sedentária, trouxeram uma alteração funcional do tubo digestório e com isso a obstipação. O termo “fibra alimentar” foi criado por Hugh Trowell para designar “a porção dos alimentos, constituída por polissacarídeos de plantas e pela lignina, que resistem à hidrólise pelas enzimas do aparelho digestório humano e que não sofrem processo de digestão como celulose, hemicelulose, pectinas, gomas, mucilagens e lignina…

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A disbiose intestinal é um desequilíbrio entre as bactérias que habitam nosso intestino, que podem levar à obstipação crônica ou períodos irregulares com diarreia. Nosso intestino é um segundo cérebro que comanda muitas de nossas reações biológicas. Um desequilíbrio nestas vilosidades intestinais pode até ser a causa da obesidade. O uso diário de probióticos e prebióticos naturais podem auxiliar a regularizar as bactérias firmicutes e bacterioides, habitantes do nosso intestino que precisam estar em equilíbrio. Os probióticos são as bactérias presentes no nosso intestino com a função de auxiliar o funcionamento do intestino e nos proteger de bacterias que possam nos fazer mal. Os objetivos dos alimentos enriquecidos com probióticos são auxiliar na proliferação dessas bacterias para regular o trânsito intestinal e nos proteger de possíveis infecções. Ex. iogurtes e leites fermentados, os mais conhecidos são os chamados Lactobacilos. Os prebióticos são fibras não digeríveis, mas que fermentam em nosso…

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O diabetes é uma doença metabólica crônica que cresce exponencialmente no Brasil. Acredita-se que tenhamos pelo menos 400 milhões de portadores da doença atualmente. Diabetes é uma doença insidiosa, que compromete o metabolismo dos macro nutrientes: açúcares, gorduras e proteínas. Pode causar efeitos devastadores na saúde individual e afetar rins, coração e cérebro. Uma diretriz de conduta no diabetes tipo 2 assinada por 45 entidades mundiais que estudam o diabetes, entre elas a SBCBM – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, foi publicado em 24 de maio de 2016 na Revista Diabetes Care, editada pela ADA – Associação Americana de Diabetes. O documento, elaborado em setembro do ano passado durante o 2º DSS – Diabetes Surgery Summit, em Londres, aponta a cirurgia metabólica como mais uma opção a ser considerada no tratamento do diabetes tipo 2 para pacientes com IMC – Índice de Massa Corporal entre 30 kg/m² e…

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A obesidade vem sendo tratada como uma pandemia que acomete crianças, adolescentes e adultos em diversas faixas etárias. As razões pelo aumento abrupto da incidência de obesidade incluem a expansão da indústria alimentícia oferecendo muitos produtos diferentes, que invadem a mídia diariamente e favorecem temporariamente a falta de tempo que as famílias possuem para dedicar-se ao preparo e consumo de alimentos naturais e possivelmente mais saudáveis. Ainda acrescido a este fato, existe o sedentarismo, tão comum entre as pessoas atualmente, já que possuímos facilidades enormes para adquirirmos nossos alimentos, carros com vidro elétrico, controle remoto e muito mais tempo despendido para a televisão ou jogos eletrônicos, no caso das crianças. Além disso, existem outras causas para a obesidade como a genética, alterações hormonais que vem sendo estudadas exaustivamente para a busca do tratamento ideal para esta doença. Com isso os tratamentos para obesidade estão oferecendo novas opções de acompanhamento que…

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Uma alimentação saudável rica proteínas e em vitaminas e minerais pode prevenir inúmeras complicações nutricionais após a cirurgia bariátrica, dentre elas a alopécia “queda de cabelo”, comum no terceiro ao sexto mês após a cirurgia. Várias são as causas que envolvem esta complicação como: Anemia ferropriva: por deficiência de ferro. Deficiência de micronutrientes como zinco, vitamina A, vitaminas do complexo B, como biotina, o silício. O uso de suplementos nutricionais específicos e individualizados para cada paciente de acordo com a sua carência é o mais importante para corrigir e minimizar a queda de fios de cabelos diária, que não deve ultrapassar 100 fios por dia. Alguns outros hábitos podem ajudar neste caminho: Não dormir de cabelo molhado; Não prender o cabelo quando estiver molhado; Evitar secador, chapinha, alisantes; Lavar os cabelos com água morna e shampo próprio para o seu cabelo, de preferência sem sal; Penter os cabelos com pentes…

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A cirurgia bariátrica nas suas versões mista (“by-pass gástrico) e restritiva (“sleeve”), podem causar a síndrome de “dumping”. O termo “dumping” significa esvaziamento rápido e é o que acontece quando se ingere alimentos com açúcar ou com gordura. Os sintomas são variados, assim como a sua intensidade. Quem já teve a síndrome, a descreve como algo muito ruim, como uma sensação de morte. Mas calma! Isto é variável entre os indivíduos e também tem relação com o tipo de alimento que é ingerido. Há pacientes que relatam a síndrome com suco de laranja, outros com mousses, outros com carnes gordurosos, outros com massas ricas em gordura. Outros ainda com o açúcar adicionado ao chá ou café. A redução do tamanho do estômago, diminui naturalmente a quantidade de enzimas que digerem alimentos ricos em açúcares e gorduras. E elas fazem falta! Sem enzimas suficientes, o estômago esvazia rapidamente e o que…

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