ATENÇÃO! Nova abordagem no diagnóstico e tratamento da obesidade!
O IMC (índice de massa corporal) sozinho não nos diz muita coisa. Isso já estava em discussão há muitos anos quando nos consultórios estavávamos diante de pessoas metabolicamente doentes, mas que não tinham o IMC compatível para se submeterem à cirurgia bariátrica.
As diretrizes mais recentes para o diagnóstico de obesidade estão evoluindo para incorporar medidas mais diretas de adiposidade, além do tradicional índice de massa corporal (IMC). O IMC continua a ser uma ferramenta amplamente utilizada devido à sua simplicidade e baixo custo, mas tem limitações significativas, especialmente em populações específicas e em diferentes faixas etárias.
1. Percentual de Gordura Corporal (%GC): Estudos recentes sugerem que o percentual de gordura corporal pode ser uma medida mais precisa para definir sobrepeso e obesidade. Por exemplo, para homens, o sobrepeso pode ser definido como 25% de gordura corporal e obesidade como 30%. Para mulheres, esses valores são 36% e 42%, respectivamente. Isso reflete uma tentativa de alinhar os diagnósticos com a presença de comorbidades relacionadas à obesidade, como a síndrome metabólica.
2. Medições Antropométricas Adicionais: As diretrizes da American Diabetes Association recomendam o uso de medidas adicionais de distribuição de gordura corporal, como a circunferência da cintura, a relação cintura-quadril e a relação cintura-altura, além do IMC, para apoiar o diagnóstico de obesidade.

3. Pontos de Corte de IMC Específicos para Populações: Há uma crescente evidência de que os pontos de corte do IMC devem ser ajustados para diferentes populações. Por exemplo, em adultos jovens tailandeses, novos pontos de corte de IMC foram propostos para melhorar a precisão do diagnóstico de obesidade. Da mesma forma, em adultos hispânicos mais velhos, um ponto de corte de IMC mais baixo foi sugerido para melhor identificar a obesidade.
4. Pediatria: Para crianças e adolescentes, o uso de percentis de IMC ajustados por idade e sexo continua a ser a prática padrão. A obesidade é definida como um IMC no percentil 95 ou acima, e a obesidade severa é definida como um IMC igual ou superior a 120% do percentil 95.
Essas abordagens refletem um movimento em direção a diagnósticos mais personalizados e precisos, considerando a variabilidade individual na composição corporal e o risco de comorbidades associadas à obesidade.
Além disso as doenças diagnosticadas devem ser levadas em consideração para o tratamento precoce e mais eficaz da DOENÇA OBESIDADE.
Uma nova comissão do The Lancet Diabetes & Endocrinology com mais de 50 especialistas publicou uma reformulação da definição e critérios de diagnóstico de obesidade clínica e já foi chancelada por inúmeras organizações mundiais. O objetivo é identificar aqueles indivíduos que necessitam prevenir (obesidade pré clínica) e tratar a doença (obesidade clínica).
18 critérios foram pontuados para adultos e 13 para adolescentes com obesidade clínica.
As pessoas com obesidade clínica devem receber tratamento oportuno e os demais com obesidade pré clínica o aconselhamento de saúde, ambos, baseado em evidências e todo o respeito que a doença exige.
Artigo completo: https://lnkd.in/ddFG56Dh
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