O zinco é um mineral importante, sendo essencial para que inúmeras reações químicas ocorram no organismo. Ele está presente em mais de 300 enzimas, intervém no funcionamento de certos hormônios e é indispensável à síntese de proteínas, à reprodução e ao funcionamento normal do sistema imune.
Há quase 12 meses, a pandemia de coronavírus vem fazendo vítimas em todo o mundo. Mesmo com a aprovação dos primeiros imunizantes, a busca por alternativas preventivas e terapêuticas continua. Além de corticoides, imunomoduladores, antibióticos e antifúngicos, analisa-se a eficácia dos suplementos como o zinco. O mineral é um oligoelemento essencial para a manutenção da imunidade, e tem reconhecida ação anti-inflamatória e antioxidante.
Atualmente, sua recomendação mínima diária é de 7mg para mulheres e de 9mg para homens. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nem 17% da população atinge esses números. A carência do mineral pode causar diarreia crônica, dificuldades de cicatrização e até infertilidade e distúrbios neurológicos. Mas o seu consumo em excesso também é perigoso: altas concentrações de zinco podem causar vômitos, reduzir a absorção de cobre e até enfraquecer o sistema imunológico.
Apesar dos riscos, a suplementação tem sido sugerida como forma de mitigar os efeitos da Covid-19. Estudos preliminares indicam uma potencial ação antiviral, mas a Associação Brasileira de Nutrologia (ABN) e a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) desaconselham a prática.
“Os estudos clínicos randomizados com grupo de controle existentes até o momento não mostraram quaisquer benefícios e, além disso, alguns destes medicamentos podem causar efeitos colaterais”, afirma a SBI. As orientações estão de acordo com o posicionamento das sociedades de infectologia dos Estados Unidos (IDSA) e da Europa (ESCMID).
A ABN, por sua vez, publicou um manifesto enfatizando a inexistência, até o momento, de pesquisas que comprovem a eficácia da suplementação mineral e vitamínica contra a Covid-19. A associação também reforçou os riscos da ingestão exagerada do mineral. “O nível superior de ingestão de zinco é de 40 mg por dia. Consumir mais do que essa quantidade pode aumentar o risco de deficiência de cobre, bloqueando sua absorção.”
Ideal é se alimentar com quantidades adequadas do mineral que estão presentes no leite, frango, grãos e ovos e possuir um equilíbrio nos demais nutrientes ingeridos diariamente.
A prevenção sempre é o melhor remédio. Continue com os cuidados: lavar bem as mãos e com frequencia, usar álcool 70 ou em gel, usar máscaras seguras e manter o distanciamento social. Não fique doente!!! E proteja sua família. Não é hora de desanimar, precisamos manter a fé que logo todos estaremos vacinados.