Nutrição da Síndrome de Ovários Policísticos

Como a Nutrição pode auxiliar?
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma condição complexa que requer uma abordagem multifacetada, incluindo intervenções nutricionais. De acordo com as diretrizes internacionais baseadas em evidências para a avaliação e manejo da SOP. Até o moemnto não há suporte para endossar um tipo específico de composição dietética em detrimento de outro para melhorar os resultados antropométricos, metabólicos, hormonais, reprodutivos ou psicológicos.[1-2]
Portanto, qualquer composição dietética que esteja de acordo com as diretrizes populacionais para uma alimentação saudável pode trazer benefícios à saúde. É importante que os profissionais de saúde aconselhem uma alimentação saudável e sustentável, adaptada às preferências e objetivos individuais.[1-2]
As intervenções dietéticas devem focar na melhoria da resistência à insulina, função metabólica e reprodutiva, o que pode ser alcançado através de dietas hipocalóricas para perda de peso ou manutenção de um peso saudável, limitação da ingestão de açúcares simples e carboidratos refinados, e preferência por alimentos com baixo índice glicêmico.[3-4]
Além disso, a redução de ácidos graxos saturados e trans, e a atenção a possíveis deficiências nutricionais, como vitamina D, cromo e ômega-3, são recomendadas.[3-4]
Estudos também indicam que dietas com baixo teor de carboidratos podem ser superiores na otimização dos resultados reprodutivos e que a restrição calórica é crítica na melhora do hiperandrogenismo.[5]
No entanto, é essencial que as mudanças dietéticas sejam adaptadas às preferências alimentares individuais, permitindo uma abordagem flexível para alcançar os objetivos nutricionais, evitando dietas excessivamente restritivas e nutricionalmente desequilibradas.[1-2]
Portanto, a intervenção dietética na SOP deve ser personalizada, levando em consideração as necessidades e expectativas individuais, e deve ser parte de uma estratégia mais ampla de mudanças no estilo de vida, incluindo atividade física regular.[6]

Teede HJ, Tay CT, Laven JJE, et al.

Recommendations From the 2023 International Evidence-Based Guideline for the Assessment and Management of Polycystic Ovary Syndrome. The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism. 2023;108(10):2447-2469. doi:10.1210/clinem/dgad463.

Teede HJ, Tay CT, Laven J, et al.
Faghfoori Z, Fazelian S, Shadnoush M, Goodarzi R.  Nutritional Management in Women With Polycystic Ovary Syndrome: A Review Study. Diabetes & Metabolic Syndrome. 2017;11 Suppl 1:S429-S432. doi:10.1016/j.dsx.2017.03.030.
Rondanelli M, Perna S, Faliva M, et al
Focus on Metabolic and Nutritional Correlates of Polycystic Ovary Syndrome and Update on Nutritional Management of These Critical Phenomena. Archives of Gynecology and Obstetrics. 2014;290(6):1079-92. doi:10.1007/s00404-014-3433-z.

Shang Y, Zhou H, He R, Lu W.
Dietary Modification for Reproductive Health in Women With Polycystic Ovary Syndrome: A Systematic Review and Meta-Analysis. Frontiers in Endocrinology. 2021;12:735954. doi:10.3389/fendo.2021.735954.

Smyka M, Grzechocinska B, Wielgos M.

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