A anorexia nervosa é caracterizada por uma perda de peso grande e intencional, subsequente à severa restrição alimentar, busca incessante pela magreza e distúrbios da imagem corporal. Pode ocorrer mais comumente em mulheres na adolescência à segunda década de vida, mais também podem acontecer mais tardiamente.
Pode haver dois subtipos a saber:
- restritivo: onde há restrição alimentar e atividade física intensa e não apresentam episódios compulsivos de alimentação, nem purgação (vômitos, laxantes, diuréticos);
- purgativo: onde se tem episódios compulsivos de alimentação e métodos compensatórios inadequados como vômitos, laxantes e diuréticos.
Possui muitas causas, dentre elas fatores biológicos, psicológicos, socioculturais e familiares.
Muito importante a presença familiar, especialmente na adolescência, onde a pressão social por estar magra é muito grande e se torna fácil desencadear o processo de doença. Filhas de mães com anorexia possuem uma incidência maior de se ter a doença.
Crianças e adolescentes aprendem que magreza é sinônimo de sucesso, autocontrole, competência e atratividade sexual, o que leva a mudanças no comportamento alimentar buscando se enquadrar nos padrões.
Muitas adolescentes inclusive, vestem-se com roupas largas para que a família não perceba a sua magreza, mesmo porque, elas mesmas não a percebem. Algumas evitam fazer as refeições com a família e levam comida para seu quarto e acabam jogando os alimentos no vaso sanitário para que ninguém perceba que não estão se alimentando. Muito comum, o comportamento de adotar um cardápio monocromático de forma obsessiva. Isto deve ser observado pelos familiares com atenção. Isto é um sinal de que algo não vai bem.
Buscar ajuda psicológica é essencial, pois é a base do tratamento em conjunto com a Nutrição, para reiniciar gradativamente o processo de realimentação. O tratamento é lento e bastante individualizado.
Procurar ajuda especializada rapidamente pode ser a forma eficaz de salvar uma vida!